quarta-feira, 1 de abril de 2009

- estrutura do Muses de Ciencias do Japão


A aparência da capa, resistente às intempéries, muda com o passar do tempo. Seis meses após a soldagem das placas, feita in loco, o corpo do prédio já apresentava uma cor marrom intensa e característica da ação do tempo sobre o metal. "Visto pelo outro lado do vale, o edifício parece mais uma ruína Inca, com sua enorme torre dominando o topo das árvores", descreve Takaharu Tezuka.
A estrutura do prédio é metálica e está preparada para suportar contrações e dilatações de até 20 cm em função da variação das temperaturas entre verão e inverno. As grandes placas metálicas que constituem a fachada também têm função estrutural, mas não foram suficientes para atender aos requisitos de cálculo estrutural: no inverno, as montanhas de neve podem ultrapassar sete metros de altura, o que exigiu uma estrutura superdimensionada para suportar cargas de até duas mil toneladas.
Como resultado, vigas e colunas metálicas carregam o peso do edifício e estão preparadas para suportar toda a neve que vai soterrá-lo nos meses mais frios de inverno. "Tivemos também de considerar o fator terremoto", lembra Tezuka. Assim, as paredes metálicas contribuem para a estabilidade do prédio, atuando como um reforço estrutural.
Em seção cruzada pendente (inclinada), a estrutura foi inspirada nos sheds de proteção encontrados nas estradas dos arredores. Já o plano horizontal segue o contorno das trilhas que circundam toda a área e abrem caminho aos carros e pedestres.
No inverno, os visitantes são conduzidos por altas paredes de neve e entram por um peculiar túnel que os protege contra a temperatura congelante de Kyororo. A amplitude do eixo interno e principal do edifício reflete o movimento de pessoas, promovendo grandes espaços em ângulos de onde os visitantes param para observar a natureza. À medida que se adentra o museu, esses ângulos tornam-se cada vez mais estreitos.

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