Deus criou IZANAGI (pronuncia-se Izanagui) e IZANAMI. Izanagi significa o homem convidado e Izanami a mulher convidada. Na história bíblica seria: Deus criou Adão e Eva.
Deus no Japão significa Deus Xinto que daí desenvolveu-se o xintoísmo, a religião originária do Japão.
Deus Xinto enviou os filhos Izanagi e Izanami à terra como seu representante. Diz a mitologia que Deus Xinto colocou-os numa ponte para que eles caminhassem em direção à “terra” que hoje é chamado Japão.
Quando eles chegaram à “terra”, o Japão ainda era apenas uma ilha coagulada que se chamava ONO-KORO.
Deuses Izanagi e Izanami se casam para formar seus descendentes. Nessa época, inicia-se Kunibiki, a junção de várias outras pequenas ilhas até chegar as quatro atuais: Hokkaidou, Honshuu, Shikoku e Kyuushuu. O Japão é batizado de YAMATO, A Grande Paz.
Eles tiveram 3 filhos:
A primeira filha, AMATERASU OOMI KAMI que significa a deusa xinto do sol.
O segundo filho, TSUKI YOMI NO MIKOTO que significa o deus xinto da lua.
O terceiro filho, SUSANO O NO MIKOTO que significa o deus xinto do trovão.
Segundo a mitologia japonesa, a primeira filha AMATERASU OOMI KAMI é a que descende a família imperial do Japão. E o primeiro filho dessa deusa é o primeiro imperador do Japão, JIN MU TENNOU que significa O Passo do Deus Xinto quem governou o Japão de 660 AC até 585 AC.
Para termos uma idéia concreta, o atual imperador Akihito do Japão é o 125º imperador que descende diretamente da deusa AMATERASU OOMI KAMI, cujo filho JIN MU TENNOU é o primeiro imperador.
Então, AMATERASU OOMI KAMI, a deusa do sol, sendo a primeira filha de Deus Xinto recebe a posse para tomar conta do arrozal, daí até hoje o alimento mais sagrado é o arroz no Japão. Ela não se dá bem com o terceiro irmão SUSANO O NO MIKOTO, o deus do Trovão, mas pelo contrário se dá muito bem com o segundo irmão TSUKI YOMI NO MIKOTO, o deus da Lua.
Certo dia, a deusa AMATERASU OOMI KAMI teve desentendimento com o irmão SUSANO O NO MIKOTO por ele ter danificado suas plantações de arroz. Ela ficou tão furiosa e triste que se fechou numa caverna. O Japão todo escureceu, pois ela era a deusa do sol.
Fora da caverna outros deuses fizeram de tudo para que ela abrisse a porta da claridade, mas foi em vão. Então, o segundo irmão, TSUKI YOMI NO MIKOTO resolveu simular uma grande festa dos xintoístas, usando espelhos para dar reflexos e utilizou galhos de SAKAKI para dar o rítmo à cerimônia. Ele convidou a deusa da chuva AME NO UZUME para bailar.
Fazendo uma pequena pausa, SAKAKI é uma árvore da família da japoneira templária, cleyera japônica que é muito plantada junto aos templos. A palavra SAKAKI escreve-se em um só ideograma e significa “a árvore de Deus”. Até a presente data, o seu galho é freqüentemente utilizado tanto como oferenda quanto como para purificação.
Uma das relíquias da família imperial até hoje, é o espelho. E na cerimônia de culto dos xintoístas, utiliza-se o galho de SAKAKI para dar a benção aos seguidores e também para espantar os astrais negativos.
Assim, a festa começou em frente à caverna. A deusa AMATERASU ouvindo todo aquele barulho estrondoso de tambores, ficou muito curiosa e abriu um pouquinho a porta da caverna para ver o que estava se passando lá fora. Imediatamente o deus TSUKI YOMINO MIKOTO e demais deuses auxiliares puxaram a porta da caverna. Depois desse acontecimento, o Japão sempre teve seu brilho.
O irmão SUSANO NO MIKOTO foi punido pela irmã AMATERASU e foi mandado para província de Izumo onde havia só terra coagulada e que ele tinha de construir uma nova cidade. Diz a lenda que o deus SUSANO era um homem cabeludo com barba comprida, daí talvez os nativos AINU fossem descendentes dele.
Deus SUSANO era muito valente que um dia quando na sua cidade de Izumo apareceu um dragão com 8 cabeças, engolindo moças e rapazes, ele resolve acabar com ele, dando-lhe 8 tambores de sake para o dragão ficar bêbado. Quando o dragão já está num estado sonolento, o deus SUSANO avança em cima do dragão e retira-se do estômago, jóias preciosas, moças e rapazes; do rabo do dragão o deus SUSANO retira uma espada também.
A segunda relíquia da família imperial até hoje é essa espada e a terceira é uma dessas jóias. Portanto, são 3 as relíquias que são mostradas na cerimônia oficial da família imperial:
O ESPELHO que representa o sol, a bandeira nacional.
A ESPADA que representa a origem do bushidou, SAMURAIS.
JÓIA que representa a riqueza do país.
É bom lembrar aqui também que o grande compositor e músico KITAROU compôs uma música instrumental chamada KOJIKI que significa CRÔNICA DE COISAS ANTIGAS e nela ele relata através da música a dança da deusa AMATERASU OOMI KAMI e a luta do deus SUSANO NO MIKOTO contra o dragão de 8 cabeças. Os alunos confundem KOJIKI - Crônica com KOJIKI - mendigo, pois as palavras são homófonas mas não são homógrafas.
Foi na era de Nara, de 710 a 794 DC que duas crônicas foram escritas para que o povo japonês soubesse dos acontecimentos antigos do seu país por escrito.
São elas: A crônica das coisas antigas, Kojiki e a crônica do Japão, Nihon Shoki.
Segundo a mitologia, o primeiro lugar estabelecido como sendo Japão, foi na província de Izumo, onde até a presente data existe o grande santuário Xinto de Izumo -IZUMO TAISHA. Este santuário reteve fielmente a tradição do TAISHA-ZUKURI, um estilo de arquitetura Xinto cuja origem remonta a era primitiva.
A deusa AMATERASU e o segundo irmão, TSUKI YOMI NO MIKOTO, migraram-se para Kyuushuu, a quarta ilha do atual Japão. Nessa região eles estabeleceram YAMATO, antigo nome que se dá ao Japão. Nesse YAMATO (A Grande Paz) estabeleceu-se o primeiro imperador JIN MU TENNOU.
terça-feira, 7 de abril de 2009
religioes do japao
O XINTOÍSMO (SHINTOU)
A religião xinto nasceu no Japão. Deus do xinto chama-se KAMI-SAMA.
A maioria das pessoas pensa que é o budismo mas xintoísmo é a religião originária do Japão.
A deusa Amaterasu Oomikami, a deusa do sol, é a primeira filha do Deus Xinto que é descendente do primeiro imperador do Japão.
O xintoísmo é a religião que vem do naturalismo e do animismo dominantes entre os japoneses primitivos que viam a divindade em todos os fenômenos impressionantes da natureza bem como nos espíritos dos mortos.
"Xinto" significa "o caminho das divindades" e tornou-se uma religião da comunidade com santuários e deuses guardiões locais.
O povo japonês, até hoje, costuma ter na sua casa um altar com nome dos seus antepassados que são cultuados diariamente, oferecendo alimentos simbólicos e o culto propriamente dito com rezas para purificar os espíritos que já se foram e aos que ainda estão vivos.
No atual Japão, a liberdade de religião é assegurada a todos pela Constituição de 1946 que preceitua: "Nenhuma organização religiosa receberá privilégio do Estado nem exercerá qualquer autoridade política. Nenhuma pessoa será obrigada a participar de qualquer ato religioso."
Portanto, o povo japonês é harmonioso, não fazendo distinção de religiões. O xintoísmo existe lado a lado com o budismo e o povo japonês os aceita com maior naturalidade. Muitos dos japoneses levam seu filhos, de 7, 5 e de 3 anos que é chamado de festival de SHICHIGOSAN (festival dos 7-5-3) para o templo xintoísta a fim de rezar pela saúde e sucesso dos seus filhos. E quando se casam, fazem a cerimônia com o ritual dos xintoístas, porém quando morrem, seus funerais são realizados de acordo com o ritual budista.
Ao visitar um templo, distingui-se pelas cores. O templo dos xintoístas tem sempre um Torii, o portal logo na entrada e as cores predominantes são vermelha e dourada.
O templo budista predomina com as cores preta, violeta e dourada. No altar sempre está presente o grande buda, originário da Índia.
O mito da origem divina da família imperial tornou-se base da religião de xinto. Por isso o imperador também foi considerado Deus do povo japonês até o término da Segunda guerra mundial em 1945. Atualmente, de acordo com a nova Constituição pós-guerra, o imperador é o símbolo da nação e da unidade do povo, derivando sua posição da vontade do povo, no qual reside o poder soberano, mas o imperador não tem poder relacionado ao governo.
O BUDISMO NO JAPÃO (BUKKYOU)
Por outro lado, a religião budista é originária da Índia, chegando ao Japão através da China e da Coréia em 593 DC, no século 6 na época do regente Shoutaku Taishi.
Deus da religião budista chama-se HOTOKE-SAMA.
Após receber o apoio da casa imperial, o budismo foi se propagando pelas autoridades por todo o Japão.
No início do século 9, o budismo japonês começou uma nova Era, atraindo principalmente os aristocratas da corte, contribuindo para o desenvolvimento da cultura.
O período Kamakura, entre 1.192 a 1.333, século 12, foi uma Era de grande conflito político e social. O budismo era uma esperança para salvação entre os guerreiros e os camponeses.
O CRISTIANISMO NO JAPÃO (KIRISUTO KYOU)
O cristianismo foi introduzido no Japão em 1.549, século 16, pelo missionário português, Jesuíta São Francisco Xavier.
Como era uma época de conflito intenso interno no Japão e de comoção, o cristianismo foi bem recebido por aqueles que necessitavam de um novo símbolo espiritual.
Havia também outro da intenção: aqueles que esperavam obter benefícios comerciais ou uma nova tecnologia de armas de fogo.
Com isso, proibiram o cristianismo no Japão, considerando-o subversivo à nação.
O terceiro General Tokugawa fez acabar com cristianismo, fechando todos os portos em 1.638, século 17, proibindo qualquer contato com o ocidente.
Somente alguns holandeses e comerciantes chineses tinham permissão para entrarem somente no porto de Nagasaki, na 4ª ilha do Japão.
O cristianismo ficou proibido, banido, durante 250 anos, até meados do século XIX quando o Japão reabriu suas portas para o resto do mundo.
O Japão recomeçou contatos com o ocidente em 1.850 quando da chegada do americano Commodore Matthew C. Perry com seu navio negro, atracando na baía de Tóquio no porto de Uraga, começando assim o intercâmbio comercial e cultural ocidental.
Segundo a estatística, hoje os protestantes superam os católicos.
O CONFUCIONISMO NO JAPÃO
O confucionismo tem sido considerado no Japão, mais um código de preceitos morais do que como uma religião.
O confucionismo foi introduzido no Japão no início do século VI e exerceu influência marcante sobre o pensamento e o comportamento dos japoneses até o fim da segunda guerra mundial quando começou o seu declinio.
A religião xinto nasceu no Japão. Deus do xinto chama-se KAMI-SAMA.
A maioria das pessoas pensa que é o budismo mas xintoísmo é a religião originária do Japão.
A deusa Amaterasu Oomikami, a deusa do sol, é a primeira filha do Deus Xinto que é descendente do primeiro imperador do Japão.
O xintoísmo é a religião que vem do naturalismo e do animismo dominantes entre os japoneses primitivos que viam a divindade em todos os fenômenos impressionantes da natureza bem como nos espíritos dos mortos.
"Xinto" significa "o caminho das divindades" e tornou-se uma religião da comunidade com santuários e deuses guardiões locais.
O povo japonês, até hoje, costuma ter na sua casa um altar com nome dos seus antepassados que são cultuados diariamente, oferecendo alimentos simbólicos e o culto propriamente dito com rezas para purificar os espíritos que já se foram e aos que ainda estão vivos.
No atual Japão, a liberdade de religião é assegurada a todos pela Constituição de 1946 que preceitua: "Nenhuma organização religiosa receberá privilégio do Estado nem exercerá qualquer autoridade política. Nenhuma pessoa será obrigada a participar de qualquer ato religioso."
Portanto, o povo japonês é harmonioso, não fazendo distinção de religiões. O xintoísmo existe lado a lado com o budismo e o povo japonês os aceita com maior naturalidade. Muitos dos japoneses levam seu filhos, de 7, 5 e de 3 anos que é chamado de festival de SHICHIGOSAN (festival dos 7-5-3) para o templo xintoísta a fim de rezar pela saúde e sucesso dos seus filhos. E quando se casam, fazem a cerimônia com o ritual dos xintoístas, porém quando morrem, seus funerais são realizados de acordo com o ritual budista.
Ao visitar um templo, distingui-se pelas cores. O templo dos xintoístas tem sempre um Torii, o portal logo na entrada e as cores predominantes são vermelha e dourada.
O templo budista predomina com as cores preta, violeta e dourada. No altar sempre está presente o grande buda, originário da Índia.
O mito da origem divina da família imperial tornou-se base da religião de xinto. Por isso o imperador também foi considerado Deus do povo japonês até o término da Segunda guerra mundial em 1945. Atualmente, de acordo com a nova Constituição pós-guerra, o imperador é o símbolo da nação e da unidade do povo, derivando sua posição da vontade do povo, no qual reside o poder soberano, mas o imperador não tem poder relacionado ao governo.
O BUDISMO NO JAPÃO (BUKKYOU)
Por outro lado, a religião budista é originária da Índia, chegando ao Japão através da China e da Coréia em 593 DC, no século 6 na época do regente Shoutaku Taishi.
Deus da religião budista chama-se HOTOKE-SAMA.
Após receber o apoio da casa imperial, o budismo foi se propagando pelas autoridades por todo o Japão.
No início do século 9, o budismo japonês começou uma nova Era, atraindo principalmente os aristocratas da corte, contribuindo para o desenvolvimento da cultura.
O período Kamakura, entre 1.192 a 1.333, século 12, foi uma Era de grande conflito político e social. O budismo era uma esperança para salvação entre os guerreiros e os camponeses.
O CRISTIANISMO NO JAPÃO (KIRISUTO KYOU)
O cristianismo foi introduzido no Japão em 1.549, século 16, pelo missionário português, Jesuíta São Francisco Xavier.
Como era uma época de conflito intenso interno no Japão e de comoção, o cristianismo foi bem recebido por aqueles que necessitavam de um novo símbolo espiritual.
Havia também outro da intenção: aqueles que esperavam obter benefícios comerciais ou uma nova tecnologia de armas de fogo.
Com isso, proibiram o cristianismo no Japão, considerando-o subversivo à nação.
O terceiro General Tokugawa fez acabar com cristianismo, fechando todos os portos em 1.638, século 17, proibindo qualquer contato com o ocidente.
Somente alguns holandeses e comerciantes chineses tinham permissão para entrarem somente no porto de Nagasaki, na 4ª ilha do Japão.
O cristianismo ficou proibido, banido, durante 250 anos, até meados do século XIX quando o Japão reabriu suas portas para o resto do mundo.
O Japão recomeçou contatos com o ocidente em 1.850 quando da chegada do americano Commodore Matthew C. Perry com seu navio negro, atracando na baía de Tóquio no porto de Uraga, começando assim o intercâmbio comercial e cultural ocidental.
Segundo a estatística, hoje os protestantes superam os católicos.
O CONFUCIONISMO NO JAPÃO
O confucionismo tem sido considerado no Japão, mais um código de preceitos morais do que como uma religião.
O confucionismo foi introduzido no Japão no início do século VI e exerceu influência marcante sobre o pensamento e o comportamento dos japoneses até o fim da segunda guerra mundial quando começou o seu declinio.
Dito Popular
Estava lendo um livro editado pela "NIHON-SHA" o qual uma das amigas do Japão tinha me mandado e achei muito interessante para as pessoas que estudam a língua japonesa, pois há muitas explicações sobre a etimologia de expressões japonesas.
De onde surgiu esse dito popular? É correto dizer assim? E outros assuntos bem resumidos e organizados.
Um deles é o dito popular ASHI O ARAU que ao pé da letra é LAVAR OS PÉS, mas é usado quando queremos dizer de "uma pessoa que estava vivendo fora da lei, praticando atos ilícitos, mas que agora ela está vivendo dentro da lei, fazendo serviço honesto." De onde veio essa expressão ASHI O ARAU? Veio do ensinamento da religião budista.
Antigamente os monges da Índia, de onde originou essa religião, tinham de caminhar descalços pelas ruas a fim de se sentirem humildes, adquirindo assim, a filosofia do grande Buda.
Quando os monges, depois de longas caminhadas, voltavam ao templo, eles estavam com os pés sujos cheios de terra lamacenta.
O ritual era de lavarem os pés antes de entrarem no templo para se sentirem com se as almas também tivessem sido lavadas.
Assim terminava a missão do dia. É muito estranho que esse ato tão sublime tenha se transformado na expressão de "sair da malandragem", mas é o fato e atualmente, ao refazer um negócio que está à beira da falência, o povo japonês diz ASHI O ARATTE DENAOSU que quer dizer COMEÇAR TUDO DE NOVO COM ESPÍRITO LIMPO.
O dito popular ATO NO MATSURI que ao pé da letra é DEPOIS DO FESTIVAL, mas utilizado como "JÁ ERA, DANÇOU". Não adianta chegar ou fazer depois da hora porque "já era".
Na verdade, a palavra MATSURI, FESTIVAL, se refere ao famoso e tradicional festival que é realizado na cidade de Kyouto, GION MATSURI, do dia 17 a 24 de julho anualmente, sendo que o primeiro dia é o show de abertura que ninguém pode perder.
O festival do último dia, dia 24 de julho é chamado de ATO NO MATSURI que é um show menos atraente. Essa expressão talvez tenha surgido daí, pois não é nada interessante assistir a uma atração depois de ter visto a primeira.
Outro dito popular é DORA MUSUKO, FILHO VAGABUNDO. No Japão é comum o pai lamentar dizendo UCHI NO DORA MUSUKO WA ASONDE BAKARI IRU, o meu filho é vagabundo que fica só brincando sem trabalhar, mas a palavra DORA é um sino que avisa a partida de navio e DORA é sinônimo de KANE que é sinônimo de dinheiro.
Daí, DORA MUSUKO ficou sendo como o filho que não trabalha que gasta todo o dinheiro e depois vem chorando pedindo ajuda aos pais. Assim como há expressão KANE O TSUKU YOU NI KANE O TSUKAU, gasta-se dinheiro como se tocasse o sino, há também JYAN JYAN KANE O TSUKAU, gasta-se dinheiro sem parar, porque JYAN JYAN é o som de sino tocando sem parar.
Para finalizar, o que é FUROSHIKI? É um pedaço de pano que serve como uma sacola. A vantagem é que pode embrulhar qualquer formato de objetos, mas de onde nasceu essa palavra? FURO é o OFURO, muito conhecido como banho oriental e SHIKI vem do verbo SHIKU que significa FORRAR.
O antigo FURO do Japão era o equivalente ao banho a vapor, a sauna e o povo forrava o lugar com um pano para não se queimar.
Atualmente, a palavra nada tem a ver com o banho oriental, mas o FUROSHIKI é usado largamente no Japão para carregar qualquer coisa.
De onde surgiu esse dito popular? É correto dizer assim? E outros assuntos bem resumidos e organizados.
Um deles é o dito popular ASHI O ARAU que ao pé da letra é LAVAR OS PÉS, mas é usado quando queremos dizer de "uma pessoa que estava vivendo fora da lei, praticando atos ilícitos, mas que agora ela está vivendo dentro da lei, fazendo serviço honesto." De onde veio essa expressão ASHI O ARAU? Veio do ensinamento da religião budista.
Antigamente os monges da Índia, de onde originou essa religião, tinham de caminhar descalços pelas ruas a fim de se sentirem humildes, adquirindo assim, a filosofia do grande Buda.
Quando os monges, depois de longas caminhadas, voltavam ao templo, eles estavam com os pés sujos cheios de terra lamacenta.
O ritual era de lavarem os pés antes de entrarem no templo para se sentirem com se as almas também tivessem sido lavadas.
Assim terminava a missão do dia. É muito estranho que esse ato tão sublime tenha se transformado na expressão de "sair da malandragem", mas é o fato e atualmente, ao refazer um negócio que está à beira da falência, o povo japonês diz ASHI O ARATTE DENAOSU que quer dizer COMEÇAR TUDO DE NOVO COM ESPÍRITO LIMPO.
O dito popular ATO NO MATSURI que ao pé da letra é DEPOIS DO FESTIVAL, mas utilizado como "JÁ ERA, DANÇOU". Não adianta chegar ou fazer depois da hora porque "já era".
Na verdade, a palavra MATSURI, FESTIVAL, se refere ao famoso e tradicional festival que é realizado na cidade de Kyouto, GION MATSURI, do dia 17 a 24 de julho anualmente, sendo que o primeiro dia é o show de abertura que ninguém pode perder.
O festival do último dia, dia 24 de julho é chamado de ATO NO MATSURI que é um show menos atraente. Essa expressão talvez tenha surgido daí, pois não é nada interessante assistir a uma atração depois de ter visto a primeira.
Outro dito popular é DORA MUSUKO, FILHO VAGABUNDO. No Japão é comum o pai lamentar dizendo UCHI NO DORA MUSUKO WA ASONDE BAKARI IRU, o meu filho é vagabundo que fica só brincando sem trabalhar, mas a palavra DORA é um sino que avisa a partida de navio e DORA é sinônimo de KANE que é sinônimo de dinheiro.
Daí, DORA MUSUKO ficou sendo como o filho que não trabalha que gasta todo o dinheiro e depois vem chorando pedindo ajuda aos pais. Assim como há expressão KANE O TSUKU YOU NI KANE O TSUKAU, gasta-se dinheiro como se tocasse o sino, há também JYAN JYAN KANE O TSUKAU, gasta-se dinheiro sem parar, porque JYAN JYAN é o som de sino tocando sem parar.
Para finalizar, o que é FUROSHIKI? É um pedaço de pano que serve como uma sacola. A vantagem é que pode embrulhar qualquer formato de objetos, mas de onde nasceu essa palavra? FURO é o OFURO, muito conhecido como banho oriental e SHIKI vem do verbo SHIKU que significa FORRAR.
O antigo FURO do Japão era o equivalente ao banho a vapor, a sauna e o povo forrava o lugar com um pano para não se queimar.
Atualmente, a palavra nada tem a ver com o banho oriental, mas o FUROSHIKI é usado largamente no Japão para carregar qualquer coisa.
SAMURAI OU BUSHI
A palavra "SAMURAI" ou "BUSHI" significa "servir e seguir o senhor, acompanhar um superior para serví-lo".
Já no livro "Nihon Shoki", Crônica do Japão, escrito em 720 DC, existem referências de samurai como sendo uma pessoa que serve o patrão.
Há um ditado muito atraente que expressa o que é "bushi": durante uma batalha sangrenta, o samurai Tsuneyoshi Saeki, ao receber a falsa notícia da morte do seu senhor Yoriyoshi Minamoto, ele declara: "servi ao meu senhor durante 30 anos. Já estou com 60 anos e o meu senhor se aproxima dos 70. É meu desejo acompanhá-lo na morte". Demonstra aí, a fidelidade de um samurai para com o seu senhor, general, destacando-se o sentimento forte da relação que há entre senhor e servidor.
Em 1.192, instala-se no Japão o sistema shogunato. Os samurais ocupam o poder político da nação, deixando o imperador na Capital Kyoto apenas como símbolo. O shogunato permanece por cerca de 7 séculos, com pequena interrupção, entre 1.333 a 1.336 para restauração da Era de Kamakura.
Ao todo são três Eras de shogunato:
01) Era de Kamakura que vai de 1.192 a 1.333, durante 141 anos, sob o comando dos generais Minamoto Yoritomo, Takatoki Hojo e outros.
02) Era de Muromachi que vai de 1.338 a 1.573, durante 235 anos, com vários sucessores, sob o comando do Ashikaga Bakufu, grupo de guerreiro Ashikaga, mais os generais Ashikaga Takuji, Ashikaga Yoshimitsu, Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e outros.
03) Era de Edo, nome dado à cidade de Tóquio atual capital do Japão. Essa Era de shogunato dura 265 anos, entre 1.603 a 1.868, comandada pelos sucessores da mesma linhagem Tokugawa. Ieyasu é o primeiro general da família e o último, Yoshinobu.
A máquina administrativa montada pelos samurais de Tokugawa atinge o máximo grau de efuciência. Os samurais, além de serem guerreiros, têm várias outras funções: administradores públicos, funcionários públicos dos governos central e regionais.
Após atingir o máximo do seu poderio, começa a se defrontar com crises internas e pressões externas. A situação interna, com a rígida estrutura política e social criada por Tokugawa, começa se ressentir dos efeitos causados pela evolução do tempo.
Em 1.853, o Comodoro Matthew C. Perry, dos Estados Unidos chega, atracando seus 4 navios negros na baía de Tóquio. Ele retorna no ano seguinte e consegue convencer os Tokugawa a firmar um tratado de amizade com seu país.
Seguem-se tratados semelhantes com a Rússia, Inglaterra e países baixos no mesmo ano, passando assim o Japão, a abrir novamente seus portos para recomeçar o intercâmbio com o exterior.
Consequentemente, o sistema feudal do shogunato Tokugawa entra em colapso e termina também com a própria classe de samurais.
Com a restauração da Era Meiji, em 1.868, o imperador retoma a sua plena soberania. Sob o comando do imperador Meiji, o país decidiu alcançar em apenas algumas décadas o que o ocidente levara séculos para desenvolver: a criação de uma nação moderna com indústrias, instituições políticas e intercâmbios culturais. Transfere a capital imperial de Kyoto para Edo que era sede do shogunato Tokugawa e muda o nome para Tóquio.
A palavra "BUSHI" se escreve com dois kanji, ideogramas chinês: O kanji de "BU" significa "bravura, coragem" e conforme indica a evolução do kanji, este veio dos passos largos de um homem com uma arma:
O kanji de SHI signica "samurai, homem adulto, cavalheiro" e conforme indica a evolução do kanji, este veio do símbolo sexual de um homem na posição de "bravura"
Já no livro "Nihon Shoki", Crônica do Japão, escrito em 720 DC, existem referências de samurai como sendo uma pessoa que serve o patrão.
Há um ditado muito atraente que expressa o que é "bushi": durante uma batalha sangrenta, o samurai Tsuneyoshi Saeki, ao receber a falsa notícia da morte do seu senhor Yoriyoshi Minamoto, ele declara: "servi ao meu senhor durante 30 anos. Já estou com 60 anos e o meu senhor se aproxima dos 70. É meu desejo acompanhá-lo na morte". Demonstra aí, a fidelidade de um samurai para com o seu senhor, general, destacando-se o sentimento forte da relação que há entre senhor e servidor.
Em 1.192, instala-se no Japão o sistema shogunato. Os samurais ocupam o poder político da nação, deixando o imperador na Capital Kyoto apenas como símbolo. O shogunato permanece por cerca de 7 séculos, com pequena interrupção, entre 1.333 a 1.336 para restauração da Era de Kamakura.
Ao todo são três Eras de shogunato:
01) Era de Kamakura que vai de 1.192 a 1.333, durante 141 anos, sob o comando dos generais Minamoto Yoritomo, Takatoki Hojo e outros.
02) Era de Muromachi que vai de 1.338 a 1.573, durante 235 anos, com vários sucessores, sob o comando do Ashikaga Bakufu, grupo de guerreiro Ashikaga, mais os generais Ashikaga Takuji, Ashikaga Yoshimitsu, Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e outros.
03) Era de Edo, nome dado à cidade de Tóquio atual capital do Japão. Essa Era de shogunato dura 265 anos, entre 1.603 a 1.868, comandada pelos sucessores da mesma linhagem Tokugawa. Ieyasu é o primeiro general da família e o último, Yoshinobu.
A máquina administrativa montada pelos samurais de Tokugawa atinge o máximo grau de efuciência. Os samurais, além de serem guerreiros, têm várias outras funções: administradores públicos, funcionários públicos dos governos central e regionais.
Após atingir o máximo do seu poderio, começa a se defrontar com crises internas e pressões externas. A situação interna, com a rígida estrutura política e social criada por Tokugawa, começa se ressentir dos efeitos causados pela evolução do tempo.
Em 1.853, o Comodoro Matthew C. Perry, dos Estados Unidos chega, atracando seus 4 navios negros na baía de Tóquio. Ele retorna no ano seguinte e consegue convencer os Tokugawa a firmar um tratado de amizade com seu país.
Seguem-se tratados semelhantes com a Rússia, Inglaterra e países baixos no mesmo ano, passando assim o Japão, a abrir novamente seus portos para recomeçar o intercâmbio com o exterior.
Consequentemente, o sistema feudal do shogunato Tokugawa entra em colapso e termina também com a própria classe de samurais.
Com a restauração da Era Meiji, em 1.868, o imperador retoma a sua plena soberania. Sob o comando do imperador Meiji, o país decidiu alcançar em apenas algumas décadas o que o ocidente levara séculos para desenvolver: a criação de uma nação moderna com indústrias, instituições políticas e intercâmbios culturais. Transfere a capital imperial de Kyoto para Edo que era sede do shogunato Tokugawa e muda o nome para Tóquio.
A palavra "BUSHI" se escreve com dois kanji, ideogramas chinês: O kanji de "BU" significa "bravura, coragem" e conforme indica a evolução do kanji, este veio dos passos largos de um homem com uma arma:
O kanji de SHI signica "samurai, homem adulto, cavalheiro" e conforme indica a evolução do kanji, este veio do símbolo sexual de um homem na posição de "bravura"
origami

Origami é a arte japonesa de dobrar o papel. A origem da palavra advém do japonês ori (dobrar) kami (papel), que ao juntar as duas palavras a pronúncia fica "origami". Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel.No entanto, a cultura do Origami Japonês, que se desenvolve desde o Período Edo, não é tão restritiva acerca destas definições, por vezes cortando o papel durante a criação do modelo, ou começando com outras formas de papel que não a quadrada (rectangular, circular, etc.). Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer mil origamis (tsuru = garça) teria um pedido.Conforme se foram desenvolvendo métodos mais simples de criar papel, o papel foi tornando-se menos caro, e o Origami, cada vez mais uma arte popular. Contudo, os japoneses sempre foram muito cuidadosos em não desperdiçar; guardavam sempre todas as pequenas réstias de papel, e usavam-nas nos seus modelos de origami.
Durante séculos não existiram instruções para criar os modelos origami, pois eram transmitidas verbalmente de geração em geração. Esta forma de arte viria a tornar-se parte da herança cultural dos japoneses. Em 1797foi publicado um livro (Hiden Senbazuru Orikata) contendo o primeiro conjunto de instruções origami para dobrar um pássaro sagrado do Japão. O Origami tornou-se uma forma de arte muito popular, conforme indica uma impressão em madeira de 1819 intitulada "Um mágico transforma folhas em pássaros", que mostra pássaros a serem criados a partir de folhas de papel.Em 1845 foi publicado outro livro (Kan no mado) que incluía uma coleção de aproximadamente 150 modelos Origami. Este livro introduzia o modelo do sapo, muito conhecido hoje em dia. Com esta publicação, o Origami espalha-se como atividade recreativa no Japão.
Não seriam apenas os Japoneses a dobrar o papel, mas também os Mouros, no Norte de África, que trouxeram a dobragem do papel para Espanha na sequência da invasão árabe no século VIII. Os mouros usavam a dobragem de papel para criar figuras geométricas, uma vez que a religião proibia-os de criar formas animais. Da Espanha espalhar-se-ia para a América do Sul. Com as rotas comerciais marítimas, o Origami entra na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos.

Japão- Moda

Pastiche
Para o estilista japonês Masaaki Homma, 37 anos, criador da Mastermind Japan e uma espécie de Alexandre Herchcovitch nipônico, todavia, o futuro da moda é o pastiche, a cópia, a produção em massa. “Chegará o dia em que não será mais possível fazer roupas de qualidade porque somente a produção industrial vai sobreviver”, diz, com ares apocalípcos.Por quê? Porque, com o advento de produtos baratos chineses invadindo o mundo, produtos com qualidade e preço altos ficarão em quinto plano. Mesmo com essa visão, Homma resolveu ir na contra-mão dessa tendência e criar uma marca cuja produção tem um link direto com o artesanato, quando no Japão a febre eram roupas da marca Uniqlo, com peças a uma média de US$ 8,00.
Era 2001quando a Mastermind Japan começou a atrair olhos de seletos compradores. A idéia de Homma era produzir roupas com tecidos e acessórios feitos por artesãos – então, tratou logo de contratar três deles, cuja produção estava no ostracismo e que agora são louvados pelo marketing do estilista. Resultado: um cashmere feito à mão da marca chega a custar US$ 2 mil. O diferencial, além da qualidade, é que sua discreta caveirinha ainda não foi copiada.
Na verdade, no Japão, os japoneses gostam de inventar a sua própia moda.
Fonte:http://www.fashionbubbles2.com/2008/moda-japonesa-roupa-e-acessorios-sem-marcas/
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Chega temporada da melancia quadrada


Melancia quadrada sai por até R$ 400. Fruta está sendo vendida no Japão. A mais barata custa cerca de R$ 265.A forma quadrada é obtida antes que o fruto fique maduro com um mecanismo “secreto”A pequena cooperativa agrícola de Zentsuji (Kagawa), na região de Shikoku, iniciou no dia 22 o envio da sua famosa colheita de melancia quadrada a todo o Japão. Os agricultores locais já haviam obtido êxito em produzir melancias quadradas há 27 anos, mas o sucesso veio a cerca de cinco anos atrás, com a divulgação através dos meios de comunicação. Outro fator importante é o fato de que o novo formato permite guardar melhor a fruta na geladeira. A idéia da melancia quadrada pertence ao agricultor Takashi Yamashita, 82, atual diretor da seção de “melancias” da cooperativa. A forma quadrada é obtida antes que o fruto fique maduro com um mecanismo “secreto” que transforma a melancia, tipicamente redonda, em quadrada. No entanto, na busca do formato, a melancia quadrada perdeu seu sabor doce e se parece mais ao pepino. Por isso o produto tem mais uma finalidade decorativa e de longa vida pois pode ser conservado em média durante um ano e meio. Há 20 anos, o agricultou, da ilha de Shikoku, teve a idéia de dar formas mais retas à frutas para que elas pudessem ser guardadas nas geladeiras dos consumidores.Além disso, o formato redondo dificultava que se cortasse a melancia.Para mudar o design das frutas, os fazendeiros as cultivaram dentro de caixas de vidro.Desse modo, naturalmente, a melancia adotou o formato da caixa.Mas a novidade não está ao alcance de todos.Uma melancia quadrada não sai por menos de 10 mil yens, o equivalente a U$S 83.A fruta está sendo vendida em lojas de departamento e em supermercados caros de Tóquio e Osaka, e há quem use a melancia quadrada como peça de decoração.
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